Juíza Paula de Góes Brito conduziu as audiências na manhã desta terça (5).

A Comarca de Boca da Mata deu início, nesta terça-feira (5), a um mutirão para dar andamento a processos envolvendo crianças e adolescentes. A ação segue até quinta (7) e tem participação da Defensoria Pública, do Ministério Público e das secretarias de Saúde e Assistência Social do município.

Segundo a juíza Paula de Góes Brito Pontes, a força-tarefa acontece em alusão ao Dia das Crianças. "Aproveitei que o Dia das Crianças está chegando para dar prioridade e andamento a esses processos. Nossa intenção com o mutirão é iniciar todos eles ainda essa semana, para que a gente não só realize as audiências como resolva todas as situações".

Cerca de 25 audiências envolvendo adoção, guarda, alimentos e atos infracionais estão previstas. A coordenadora da Casa Lar Caíque Tavares Mota, Sandra da Silva, disse esperar que o mutirão traga o melhor para as crianças e adolescentes que participam das audiências. 

"Deve-se levar em conta o bem-estar dessas crianças e adolescentes. Os menores que foram afastados do convívio da família por negligência devem receber o melhor possível, retornando para a família de origem ou sendo encaminhados para uma família substituta ou até mesmo para adoção".

Josefa da Conceição, de 65 anos, esteve no Fórum para participar de uma audiência envolvendo a guarda da neta adolescente. Ela disse que o mutirão agilizou o processo. "Foi muito bom para mim, porque eu ficava esperando e esperando. Gostei de hoje porque em vez de ficar difícil de resolver, foi mais rápido”, contou.

A juíza Paula de Góes Brito afirma que a ideia é tornar a ação um evento anual. "Esse mutirão vem como uma antecipação de um projeto que a gente pretende implementar aqui em Boca da Mata. Uma articulação do município com o Judiciário, para implementar um raio-x da infância a partir de questionários e poder garantir uma proteção bem mais ampla do que aquela que já vem sendo feita", destacou.

A Secretaria de Assistência Social participa realizando entrevistas com as partes dos processos, para ver se elas podem ser direcionadas aos programas sociais do município. Já a de Saúde verifica a necessidade de vacinação das crianças e dos adolescentes.

Mark Nascimento - Dicom TJAL
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