Mulher 10/03/2021 - 07:03:20
TV Tribunal mostra o trabalho de pesquisadoras que atuam no TJAL
Juíza Joyce Florentino e as servidoras Mariana Ataíde e Gabriela Diniz são algumas das mulheres que lutam por igualdade no mundo acadêmico

“É uma realidade bastante difícil, mas a minha geração tem se empenhado em modificar esse panorama. A gente percebe que a minha geração tem mais oportunidades que a da minha mãe, a da minha avó”, contou a estagiária da 20ª Vara Cível da Capital, Gabriela Diniz. Ela faz parte de um número crescente de mulheres que integram o Judiciário alagoano e se dedicam ao campo da pesquisa.

 De acordo com a juíza Joyce Florentino, pesquisas revelam que cada vez mais mulheres estão se dedicando a carreiras acadêmicas. “Há um estudo que trata justamente do aumento da pesquisa em 104% por parte das mulheres desde 2014. No sentido de procurar, inclusive, matrículas de mestrado e doutorado”, pontuou a magistrada.

 Na 5ª edição do Encontro de Pesquisas Judiciárias (Empejud) da Escola Superior da Magistratura de Alagoas (Esmal), ocorrida em novembro do ano passado, dos 33 artigos científicos selecionados, 22 tinham entre seus autores somente mulheres ou ao menos uma mulher.

 A assessora da Presidência do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Mariana Ataíde, começou a se dedicar à ciência ainda durante a graduação e está concluindo o mestrado. Ela revelou que, apesar das conquistas, ainda há um longo caminho de luta para percorrer.

 “É inquestionável o aumento da participação da mulher nas ciências como um todo; e uma participação com conteúdo de qualidade, é preciso que se diga. Mas também é preciso dizer que, embora nós tenhamos que festejar esses acontecimentos, eles não são suficientes ainda, porque os polos de poder ainda são ocupados majoritariamente por homens”, ressalta a servidora.

 Pesquisa durante a pandemia

 Apesar das limitações causadas pela pandemia de Covid-19, as pesquisadoras do Judiciário alagoano continuaram desenvolvendo seus projetos. “Estamos enfrentado problemas na colheita de dados, no acesso a informações, porque, as instituições estão fechadas ou funcionando de maneira reduzida. Sem falar nos problemas psicoemocionais que os investigadores têm enfrentado neste momento de pandemia, que assola praticamente a todos nós”, afirmou Mariana.

 Gabriela escreveu um artigo que versa sobre a atuação do Poder Constituinte Derivado Reformador durante a crise sanitária. “Procuramos pesquisar como as PECs de números 10/2020 e 16/2020 acabaram possivelmente violando essa limitação circunstancial implícita, a atividade de reforma da Constituição. Claro, verificando se essas PECs foram necessárias para combater essa situação de excepcionalidade”, disse.

 Já a juíza Joyce Florentino conciliou seu trabalho na magistratura, a ciência e a maternidade. Segundo ela, além da dedicação, foi necessário o apoio da família. “A partir de maio já voltei os olhos para a feitura de artigos, tanto que publiquei na revista da Esmal e mandei outros artigos para outras revistas, além do livro que foi a tese. Mesmo que a mulher desempenhe outros papéis, ela vai precisar de um foco nesse momento”, destacou.

 

Diretoria de Comunicação, com informações da TV Tribunal - WC

imprensa@tjal.jus.br


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