Encontro foi promovido nesta quinta-feira, no Fórum da Comarca de Rio Largo.

A juíza Carolina Valões, titular da 2ª Vara de Rio Largo, e a equipe multidisciplinar da comarca, apresentaram, nesta quinta-feira (12), o programa Guarda-me para representantes das secretarias municipais de Educação, Assistência Social, Saúde e dos centros de referência de Assistência Social, Conselho Tutelar, Pestalozzi e do Bolsa Família. O encontro teve como objetivo viabilizar a ampliação do atendimento aos jurisdicionados inseridos no programa.

"Enquanto o processo está tramitando, a equipe multidisciplinar faz todo o acompanhamento do caso e, às vezes, verificamos a necessidade de fazer um encaminhamento do pai, mãe ou das próprias crianças para atendimento na rede municipal. Então, essa rede precisava conhecer o Guarda-me para saber de onde vem aquele encaminhamento, assim como nós precisávamos saber quais são os serviços que existem no município e quais podem ser atrelados ao programa", esclareceu.

O programa Guarda-me busca solucionar conflitos e restabelecer as relações entre pais e familiares que estão envolvidas em processos litigiosos de guarda ou visitação de crianças e adolescentes a fim de preservar os vínculos familiares, importante para o desenvolvimento psicológico e social dos filhos. A ressignificação dos conflitos e a valorização da cultura da paz baseiam o programa.

De acordo com a magistrada Carolina Valões, outros encontros serão realizados com as instituições separadamente para definir com o que cada uma poderá contribuir e como serão firmadas as parcerias. 

Durante o encontro, os representantes dos órgãos municipais e das instituições sociais também puderam ouvir o depoimento de uma mãe que, após ser atendida pelo Guarda-me, conseguiu resgatar o vínculo familiar com as duas filhas.

"O resultado esperado é que as partes possam dialogar para definir questões relacionadas à guarda, visitação, educação dos seus próprios filhos e da sentença em diante. O projeto não é quantitativo, ele é qualitativo. Não são todos os processos de divórcio ou de guarda dos filhos que são inseridos no programa, são selecionados alguns casos [com problemas maiores] para serem acompanhados. Não é quantidade, é qualidade", revelou a juíza.

Robertta Farias – Dicom TJAL

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