Geral 23/06/2021 - 11:06:19
Dia Mundial do Vitiligo: médica do TJAL orienta sobre a doença
Segundo Káthia Monielly, ainda há muito preconceito e desconhecimento envolvendo a enfermidade

Nesta sexta-feira, 25 de junho, se comemora o Dia Mundial do Vitiligo. A data foi estabelecida em 2011 pelas Nações Unidas e busca aumentar a conscientização sobre a doença.

De acordo com a médica Káthia Monielly, que atua no Departamento de Saúde e Qualidade de Vida do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), o vitiligo é uma doença adquirida, caracterizada pela despigmentação da pele e causada por ausência ou diminuição dos melanócitos (células responsáveis pela produção da melanina, pigmento que dá cor à pele).

"As causas da doença ainda não estão claramente estabelecidas, mas fenômenos autoimunes parecem estar associados ao vitiligo. Além disso, alterações ou traumas emocionais podem estar entre os fatores que desencadeiam ou agravam a doença", explicou.

Segundo a médica, ainda há muito preconceito e desconhecimento envolvendo a enfermidade. "O contágio é um dos mitos em torno do vitiligo. A doença não é transmitida de pessoa para pessoa, uma vez que tem origem autoimune. Portanto, quem tem vitiligo pode compartilhar utensílios e conviver normalmente com outras pessoas".

O diagnóstico é basicamente clínico e deve ser feito por dermatologista. "É ele que vai determinar o tipo de vitiligo, averiguar os fatores de risco e indicar a terapia mais adequada", afirmou a médica, ressaltando que a doença não tem cura, mas tem controle, "inclusive com a possibilidade de repigmentação completa".

Cuidados

Pacientes diagnosticados com vitiligo devem ter alguns cuidados com a pele, para evitar o aparecimento de novas lesões ou acentuar as já existentes. Entre as medidas estão: evitar o uso de roupas apertadas ou que provoquem atrito ou pressão sobre a pele, diminuir a exposição ao sol e tentar controlar o estresse. "O estresse relacionado à pandemia pode agravar ou até mesmo desencadear doenças autoimunes, inclusive o vitiligo", alertou Káthia.

Dados

De acordo com a médica, o vitiligo afeta de 1% a 2% da população mundial e cerca de 50% dos casos têm início antes dos 20 anos de idade. Fatores genéticos podem influenciar no aparecimento da doença. "Cerca de 30% dos pacientes com vitiligo têm pelo menos um parente com a doença, contudo, não necessariamente o filho vai herdar se um dos pais tiver. A atenção em relação aos filhos de pacientes deve existir, mas sem uma preocupação exagerada", destacou.

Diretoria de Comunicação - Dicom TJAL DS
imprensa@tjal.jus.br



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