Mulher 30/08/2022 - 06:08:07
'A Lei Maria da Penha não é privilégio, é uma necessidade', reforça juíza Lívia Mattos
Magistrada palestrou sobre violência doméstica para estudantes, em Porto Calvo

Juíza Lívia Mattos, da 1ª Vara de Porto Calvo, durante palestra para os estudantes. Foto: Adeildo Lobo Juíza Lívia Mattos, da 1ª Vara de Porto Calvo, durante palestra para os estudantes. Foto: Adeildo Lobo

A juíza Lívia Mattos, da 1ª Vara de Porto Calvo, reforçou a importância da Lei Maria da Penha no combate à violência doméstica. "Essa lei não é privilégio, é uma necessidade. As mulheres, historicamente, têm sofrido situações de violência, em razão do sistema cultural", afirmou a magistrada, nesta terça-feira (30), durante palestra para cerca de 160 estudantes da Escola Nossa Senhora da Apresentação. 

"Se a gente fala para estudantes, a gente está formando uma geração que compreende que o outro é digno de respeito, que a mulher é digna de respeito. Não é só aplicar a lei, mas também trabalhar em cima do respeito ao próximo, do respeito à mulher", destacou a juíza.

A magistrada falou sobre os tipos de violência doméstica, que medidas podem ser adotadas para proteger as vítimas e como denunciar. Para a estudante Joyce Vitória, de 17 anos, a palestra trouxe informações relevantes. "Pude conhecer os tipos de violência. A patrimonial, por exemplo, eu não tinha muito conhecimento sobre e, durante a palestra, ficou bem claro o assunto".

A aluna disse que também aprendeu sobre como denunciar a violência doméstica. "Como  a juíza falou, pode denunciar por meio de ligação, o melhor caso é o 190, e também tem outras plataformas para fazer a denúncia".

Para o estudante Bruno Santos, de 18 anos, ter informação sobre o assunto é fundamental. "As meninas na escola muitas vezes passam por diversas situações e, por falta de conhecimento, ficam caladas. Essa palestra com certeza vai abrir os olhos de muitas".

Após a palestra, foram exibidos vídeos feitos pela Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça (TJAL) com mulheres que denunciaram seus agressores e superaram a violência doméstica.

Um grupo de alunos encenou ainda peça que mostrou situações de violência vividas por mulheres, no transporte público, no trabalho e no ambiente doméstico.

"A peça foi uma maneira visual de mostrar a realidade da violência doméstica, que muitos desconhecem, acham que é só a agressão física em si. Como foi mostrado, a violência doméstica vai além da agressão física. É muito importante que os alunos venham a ver, entender e, mais à frente, propagar essa ideia do que é violência doméstica", destacou a diretora da escola, Aurita Simonne.


Diretoria de Comunicação - Dicom TJAL - DS




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