O Poder Judiciário de Alagoas irá implantar ações de Justiça Restaurativa (JR) no Sistema Prisional do Estado, a partir deste mês. As custodiadas do PresÃdio feminino Santa Luzia serão as primeiras a serem atendidas pela iniciativa. As diretrizes de implantação foram traçadas nesta sexta (4), durante reunião na 16ª Vara de Execuções Penais, com o juiz Alexandre Machado.
Segundo a juÃza Juliana Batistela, que é uma das coordenadoras do Núcleo de JR do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), a escolha do presÃdio feminino levou em consideração a situação peculiar vivenciada pelas mulheres durante e após o cárcere.
“Vamos começar pelo PresÃdio Santa Luzia com cÃrculos restaurativos e essa cultura de paz que a gente quer trazer. As mulheres recebem poucas visitas dos familiares e ao saÃrem, normalmente irão conduzir um grupo familiar. Então trazer essa cultura de paz, por meio da Justiça Restaurativa, vai ser muito importante para elas ”, destacou a magistrada.
Reunião na 16ª Vara de Execuções Penais da Capital traçou diretrizes para inÃcio das ações. Foto: cortesia.
Para Geú Henrique, Chefe Especial das Unidades Penitenciárias de Maceió da Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris), a proposta é proporcionar um tratamento humanizado aos custodiados, proporcionando restauração entre vÃtima e agressor.
“É uma atuação do Estado de forma intencional e que se reverte inclusive na possibilidade de uma remição de pena. Sem dúvida, é uma prática muito valiosa para a sociedade, para a Seris e para a PolÃcia Penal”, ressaltou Geú Henrique.
Após a reunião, o grupo visitou o presÃdio feminino, que fica dentro do Complexo Penitenciário de Maceió, para verificar as instalações e as condições para a realização das atividades de Justiça Restaurativa.
Participaram da reunião também Roseleide Correia, assessora da Chefia Especial de Gestão Penitenciária; Ediane Pinheiro, assessora da Secretaria Executiva de Gestão Penitenciária; Larissa Vital, chefe do Núcleo Ressocializador da Capital e presidente do Conselho da Comunidade; Cinthya Felipe Ferreira, gerente de educação e cidadania; Ylana Jobim, assistente da coordenação de JR; Ana Paula Araújo, analista e facilitadora de JR; e Renalva Santos, mediadora e facilitadora de JR.
Grupo durante visita ao presÃdio feminino Santa Luzia, localizado no Complexo Penitenciário de Maceió. Foto: cortesia.
Núcleo de Justiça Restaurativa
Implantado em março de 2018 no Judiciário alagoano, o Núcleo de Justiça Restaurativa passou a ajudar vÃtimas de violência doméstica e conscientizar os agressores para além da pena. Atualmente, o método é utilizado nas varas de Infância e Juventude no âmbito cÃvel, na 16ª Vara de Execuções Penais e na esfera extrajudicial com ações em escolas públicas por meio do Programa Cidadania e Justiça na Escola (PCJE).
O Justiça Restaurativa faz parte do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), coordenado pelo desembargador Tutmés Airan de Albuquerque, e pelo vice-coordenador geral, juiz José Miranda Santos Júnior.
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