"A média mensal era de [julgar] 200 processos por mês e, no primeiro mês, utilizando Inteligência Artificial Generativa, fizemos 793 acórdãos", disse o desembargador Alexandre Pimentel, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), ao palestrar no Workshop Tecnologia e Inovação.
Encerrando o ciclo de palestras do evento, o desembargador revelou, nesta sexta (2), que seu gabinete recebe cerca de 300 processos por mês e, com as novas tecnologias, ele e sua equipe já chegaram a produzir mais de 900 acórdãos em um único mês.
Além da ferramenta LOGOS do TJPE e um sistema de gerenciamento processual, desde agosto do ano passado, o desembargador aderiu a quatro IAs e conseguiu reduzir drasticamente o número do acervo.
"Passamos uns três meses aproximadamente 'apanhando' dela para criar um Prompt de comando que fosse verdadeiramente útil e isso demanda trabalho, paciência, resiliência, e o resultado foi muito bom", esclareceu Alexandre Pimentel.
Para o desembargador, as IAs Generativas são ferramentas poderosas que podem contribuir bastante com a celeridade dos trabalhos dentro do Poder Judiciário. Durante a palestra, ele também alertou sobre os cuidados que precisam ser tomados.
"É preciso ter muito cuidado com as alucinações algorÃtmicas que as IAs Generativas fazem, mais especificamente com as jurisprudências que, à s vezes, elas inventam. Eu diria que o resultado, feito de maneira supervisionada, é bastante rápido, seguro e eficaz para que o Judiciário dê à sociedade o que se espera, que é ter um julgamento a contento", destacou.
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