CNJ 03/06/2025 - 07:06:56
CNJ aborda litigância abusiva com magistrados e servidores do TJAL
Para o presidente Fábio Bittencourt, discutir o assunto é importante para garantir mais celeridade aos processos que realmente precisam ser julgados pelo Judiciário

Presidente Fábio Bittencourt reforçou importância do debate sobre litigância abusiva. Presidente Fábio Bittencourt reforçou importância do debate sobre litigância abusiva. Robertta Farias

As formas de combate à litigância abusiva foram abordadas, nesta segunda (2), pelas conselheiras Daniela Madeira e Daiane Nogueira, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em palestras realizadas no Pleno do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL). 

O debate fez parte das ações da Caravana Nacional da Cooperação Judiciária, projeto da Revista Justiça & Cidadania em parceria com o CNJ e a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).

Para o presidente do TJAL, desembargador Fábio Bittencourt, discutir esse assunto é de extrema importância para garantir mais celeridade aos processos que realmente precisam ser julgados pelo Judiciário.

"A litigância abusiva tem trazido um excessivo número de processos aos nossos fóruns e tribunais. Nós temos que arranjar meios, caminhos para extinguir esse tipo de demanda. Esse encontro demonstrou aos magistrados e servidores como buscar meios alternativos para se resguardarem quanto a essas demandas", disse o presidente.

Presidente Fábio Bittencourt reforçou importância do combate à litigância abusiva. Foto: Revista Justiça e Cidadania

A conselheira Daniele Lira, supervisora do Fórum Nacional do Poder Judiciário para a Saúde, falou sobre o direito fundamental à saúde e como essa prática tem prejudicado as pessoas que realmente necessitam judicializar para conseguir seus tratamentos, cirurgias e medicamentos.

"É muito importante o acesso à saúde, que, muitas vezes, precisa ser garantido via judicial. O sistema de Justiça, de uma forma geral, deve ter muita cautela com as ações judiciais artificiais, que não são lastreadas com documentos, que não lidam com a realidade da saúde daquele paciente, para que não acabem utilizando o acesso à Justiça para abusar do seu direito de ação, especialmente numa área como o direito à saúde", explicou a conselheira.

O vice-presidente do TJAL e presidente do Centro de Inteligência do Poder Judiciário de Alagoas, Carlos Cavalcanti, falou sobre o trabalho do Judiciário alagoano com a inteligência artificial para identificar e sanar os problemas causados pelas demandas predatórias.

"No Centro de Inteligência já deliberamos sobre a importância de explorar o uso das ferramentas de inteligência artificial como um meio de facilitar a identificação e de impedir a proliferação dessas demandas predatórias repetitivas. Já temos várias notas técnicas realizadas e aprovadas. O aumento das demandas, tanto em primeiro grau, quanto no âmbito do TJAL, é muito significativo", informou o vice-presidente. 

Também palestraram sobre o tema Danielle Creme, diretora de Governança, Compliance e Estratégia Corporativa da Conexis Brasil Digital, e Heloísa Scarpelli Marques, diretora Judiciária da Federação Brasileira dos Bancos.

Litigância abusiva

A litigância abusiva, também conhecida como demandas predatórias, diz respeito a processos movidos em massa, muitas vezes usando da má-fé, com o objetivo de conseguir vantagens indevidas. 

Na ocasião, foi entregue aos participantes um guia de boas práticas com diretrizes para identificar e enfrentar as demandas predatórias.


Robertta Farias - Dicom TJAL
imprensa@tjal.jus.br


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